Com venda de Gerson e verba do Mundial, Flamengo quer investir em reforços com poder de decisão para tornar elenco ainda mais forte.
O Flamengo vive uma fase estratégica e mira mudanças profundas. Sob o comando de Filipe Luís, com respaldo de José Boto e do presidente Bap, o Rubro-Negro definiu que a prioridade é montar um elenco mais forte fisicamente e com grande poder de decisão em campo.
Essa ideia nasce da análise de que o futebol de elite exige atletas capazes de sustentar pressão, recuperar a posse rapidamente e manter intensidade durante os 90 minutos. Para Boto e Filipe, ter jogadores preparados para decisões importantes é essencial para recolocar o Flamengo no topo do cenário nacional e continental.
Setor ofensivo é prioridade: pontas letais e dribladores
No ataque, a ideia é clara: buscar pontas mais agressivos perto do gol, capazes de abrir defesas com dribles e finalizações precisas. Além disso, a comissão técnica quer atletas com força física para aguentar o ritmo do calendário. Assim, o Flamengo pretende reduzir oscilações de rendimento, mantendo o padrão de intensidade que Filipe Luís exige.
A diretoria também quer construir um grupo fortalecendo identidade, o tal DNA Rubro-Negro, entrosamento e continuidade. O objetivo é fugir da dependência de “medalhões”, apostando em talentos com potencial de evolução dentro do clube.

Verba do Mundial e venda de Gerson aliviam caixa
O início de 2025 foi de contenção de gastos. O Rubro-Negro investiu apenas na compra do centroavante Juninho por 5 milhões de euros, além de reforçar a defesa com Danilo e o meio-campo com Jorginho, ambos sem custos de transferência.
Agora, o cenário é diferente. A premiação de R$ 150 milhões pela participação na Copa do Mundo de Clubes e a venda de Gerson por R$ 160 milhões à vista para o Zenit reforçaram o caixa. Com isso, o Flamengo tem hoje condições de investir mais pesado, mas sem abrir mão de seguir o orçamento, que prevê 25 milhões de euros (R$ 161 milhões) para reforços na temporada.
Exemplo dessa nova fase é a negociação com o meia Carrascal, do Dínamo de Moscou, avaliada em 12 milhões de euros (R$ 77 milhões). Além dele, o clube estuda trazer um atacante de lado driblador e mais um meia para revezar com Arrascaeta.

Pulgar fora e cautela com Wesley
Enquanto reforça o elenco, o Flamengo lida com saídas importantes. A negociação de Gerson foi planejada e trouxe um dos maiores retornos financeiros da história do clube. O volante chileno Pulgar, por sua vez, virou preocupação ao sofrer fratura no pé durante o jogo contra o Bayern na Copa de Clubes. A cirurgia e recuperação devem afastá-lo por até três meses, mas a diretoria não considera urgente buscar reposição, já que Jorginho chegou justamente para o setor.
No mercado internacional, o Flamengo observa o assédio sobre Wesley. O lateral-direito de 20 anos é alvo de gigantes como Juventus, Milan e Manchester United. Porém, com o fôlego financeiro reforçado, o clube estipulou 30 milhões de euros como valor mínimo e não pretende acelerar uma venda. A estratégia é conduzir as tratativas com calma e dentro das condições do Rubro-Negro.

Planejamento mira competitividade e equilíbrio
Mais do que trocar nomes, o Flamengo quer imprimir um novo DNA ao elenco: jogadores com força física, mentalidade vencedora e capacidade de decisão. Com um orçamento robusto, o clube almeja contratar peças estratégicas, principalmente no ataque, para elevar o nível competitivo em todas as frentes.
Ao mesmo tempo, mantém cautela para não comprometer o fluxo de caixa, mesmo diante de propostas milionárias por suas promessas. A meta é clara: transformar investimento em títulos e consolidar o Flamengo como referência dentro e fora de campo.
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