Pela segunda vez, diretoria promove demissões de diversos funcionários, agora na base. Alguns jogadores também foram dispensados
O Ninho do Urubu amanheceu nesta sexta-feira mais vazio. Ontem, dia 16, a diretoria do Flamengo causou uma nova onda de demissões em massa, atingindo mais um departamento do clube. Após as mudanças no setor médico, agora foi a vez do clube demitir mais de 50 pessoas da base rubro-negra, incluindo tanto funcionários quanto jogadores.
Entre os demitidos estavam os treinadores do sub-11 ao sub-16, além do coordenador técnico do sub-20 e do sub-15 ao sub-17. Também foram demitidos o responsável pelo futsal e o encarregado pela captação de talentos. Raphael Bahia, que comandou a equipe na Copinha e liderou o time B do sub-20, também não faz mais parte da estrutura do clube.
Além disso, na quarta-feira anterior, o Flamengo já havia dispensado mais de 30 jogadores. A informação sobre essas demissões foi divulgada inicialmente pelo perfil Flazoeiro. Segundo fontes próximas ao clube, as saídas de atletas podem não ter chegado ao fim.
Mais demissões devem acontecer
Ao assumir o cargo de novo diretor de futebol do Flamengo, a diretoria rubro-negra identificou um número elevado de pessoas envolvidas nas atividades diárias, além de muitos atletas. Alguns funcionários já esperavam por essa onda de demissões em massa após a participação do clube na Copinha.
Vale lembrar que o primeiro movimento de demissões em massa aconteceu no departamento médico, onde todos os funcionários também foram demitidos. Apenas Fernando Sassaki, que se tornou chefe do departamento no profissional, foi mantido.
Ainda há funcionários da base trabalhando com o time que disputa o Campeonato Carioca. No entanto, existe uma expectativa de que mais demissões ocorram nesse grupo, embora ninguém tenha sido oficialmente comunicado sobre isso. O sentimento predominante entre os membros da base é de incerteza.
Desejo dos novos dirigentes e nota oficial
A nova diretoria chegou à conclusão de que, nos últimos anos, houve um aparelhamento significativo da base, tanto que o diretor José Boto classificou alguns cargos como desnecessários.
– Sinceramente, acho que há algumas “dobragens” de funções, pessoas que fazem exatamente a mesma coisa que os outros, o que não é necessário – comentou José Boto.
José Boto também falou sobre o desejo de mudar a forma como os atletas das categorias menores são treinados no Flamengo. A nova diretoria deseja promover um alinhamento entre o trabalho desenvolvido nas categorias inferiores e a filosofia da equipe profissional, para garantir uma melhor formação de talentos promissores.
– Há muitos treinadores na base trabalhando como se estivessem treinando equipes profissionais. O conceito deve ser formar o jogador, independentemente daquilo que pensa o treinador em termos de sistemas táticos, mas lhes dando os fundamentos típicos do futebol brasileiro e que fazem com que os europeus venham aqui buscar tantos jogadores.
Veja nota oficial do clube
“O Clube de Regatas do Flamengo informa que está promovendo uma reestruturação estratégica nas categorias de base, com o objetivo de fortalecer ainda mais o seu papel como formador de grandes talentos do futebol, uma marca do DNA Rubro-Negro.
Essas mudanças estruturais visam alinhar as categorias de base do clube à filosofia de trabalho adotada no futebol profissional, garantindo uma integração vertical das ideias e padronização do modelo de jogo. A reformulação ainda inclui a adoção de práticas mais modernas, replicadas nos principais clubes do mundo, com foco na otimização de processos, funções e elencos.”
