Pressionado na tabela, Flamengo trata confronto na Argentina como “final” para evitar novo vexame na fase de grupos da competição continental
Em meio à pressão crescente e a necessidade urgente de pontuar, o Flamengo encara nesta quarta-feira (7) o Central Córdoba, fora de casa, às 21h30 (de Brasília), no estádio Único Madre de Ciudades, em Santiago del Estero, na Argentina. A partida, válida pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores, é tratada como uma verdadeira “decisão” no Ninho do Urubu. Terceiro colocado no Grupo C, o Rubro-Negro entra em campo com a missão de vencer para manter viva a chance de avançar às oitavas de final do torneio continental.
Clima de final: pressão, mobilização e foco total
A derrota para o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro, acendeu o sinal de alerta no clube carioca. Agora, o foco está totalmente voltado para a Libertadores, onde o Flamengo soma apenas quatro pontos, atrás da LDU (cinco) e do líder Central Córdoba (sete). Em caso de novo tropeço, a situação pode se complicar de forma drástica.
O goleiro Agustín Rossi, um dos principais nomes do time na competição, minimizou a pressão e destacou o caráter decisivo do duelo.
“Pressão, não. O bom de jogar a cada três dias é que a gente tem que descansar a cabeça e pensar no próximo jogo. Lá na Argentina vai ser como uma final. Então tem que descansar e se preparar para vencer o jogo. Eles jogaram na sexta com o time reserva para descansar, vão jogar essa final em casa. Sabemos que vai ser difícil e vamos jogar para vencer”, destacou Rossi.

Situação do Flamengo no Grupo C
A classificação do Rubro-Negro depende diretamente do desempenho desta quarta-feira. Se vencer, chega aos sete pontos, igualando-se ao Central Córdoba. Uma vitória por dois gols de diferença pode até colocar o time na liderança, dependendo do resultado de LDU x Deportivo Táchira. Por outro lado, uma derrota somada a uma vitória da LDU complicaria de vez o cenário. O Flamengo ficaria a quatro pontos dos equatorianos e seis dos argentinos, precisando vencer os dois últimos jogos — ambos no Maracanã — e ainda torcer por uma combinação de resultados, como um tropeço do Córdoba diante do Táchira.

O fantasma da fase de grupos volta a rondar
A apreensão da torcida não é em vão. Ao longo de sua história, o Flamengo já foi eliminado cinco vezes na fase de grupos da Libertadores: em 1983, 2002, 2012, 2014 e 2017. Em 2017, inclusive, o time vencia o grupo e foi eliminado ao sofrer um gol nos minutos finais contra o San Lorenzo, na Argentina.

Desde então, o Rubro-Negro evoluiu, conquistou os títulos de 2019 e 2022, e sonha com o tetracampeonato continental. No entanto, a possibilidade de uma nova queda precoce impõe um clima de alerta total em Santiago del Estero.
Tudo ou nada para o Flamengo
A noite de quarta-feira será decisiva para os rumos do Flamengo na Libertadores. Com a pressão de um histórico de eliminações, a obrigação de vencer fora de casa e um grupo embolado, o Rubro-Negro sabe que não há margem para erro. A busca pelo tetracampeonato passa, obrigatoriamente, por uma atuação segura, eficiente e, acima de tudo, vitoriosa contra o Central Córdoba.
O apito inicial está marcado para 21h30 (de Brasília), e a torcida rubro-negra estará atenta, esperançosa e, acima de tudo, exigente. Afinal, para quem sonha alto, cada jogo é uma final. E esta, sem dúvida, vale muito mais que três pontos.